Concurso para Defesa Civil - RJ. Todos os níveis. Até dia 8 desse mês

A Defesa Civil do município do Rio de Janeiro recebe, até o próximo dia 8, quarta-feira, as inscrições do concurso para 58 vagas nos cargos de agente, auxiliar e técnico de Defesa Civil, com exigência dos níveis fundamental, médio e superior, respectivamente. Os classificados serão admitidos pelo regime estatutário, que proporciona a estabilidade no serviço público.


As inscrições são aceitas somente pela internet, no site da Secretaria de Administração. Após o cadastro, é preciso imprimir o Documento de Arrecadação Municipal (Darm), para o pagamento da taxa, de R$40 (agente), R$50 (auxiliar) ou R$60 (técnico), em um dos bancos cadastrados, até o dia 9 de setembro. Não será permitido o pagamento da taxa por meio de depósito, transferência bancária ou agendamento. Os pedidos de isenção da taxa foram recebidos até a última quinta-feira, 26, e o resultado será divulgado após a análise da documentação.

Salários - As remunerações são de R$671,70 (agente), R$806,10 (auxiliar) e R$1.209,10 (técnico), incluindo R$103,40 de auxílio- transporte e o complemento do piso remuneratório, que varia de acordo com o cargo.

Além das vagas imediatas, até 900 aprovados poderão ser chamados durante o período de validade da seleção, que é de dois anos, prorrogável por igual período. Participarão de todas as etapas do concurso e, consequentemente, ficarão no cadastro, os aprovados até a 500ª posição para agente, 230ª para auxiliar e 170ª para técnico.

Os profissionais cumprirão jornada de trabalho de 40 horas semanais e atuarão em atividades de apoio, supervisão e/ou coordenação de missões da Defesa Civil municipal em períodos de calamidade pública.

Provas objetivas em 17 de outubro

A aplicação das provas objetivas do concurso da Defesa Civil será em 17 de outubro, em locais que serão divulgados após o encerramento das inscrições. O processo seletivo será composto, também, por uma segunda etapa, de exame de capacidade física. Serão cobradas 35 questões para agentes, 40 para auxiliares e 0 para técnicos. Será aprovado quem obtiver, no mínimo, 20% de pontos por isciplina e, ainda, 50% dos pontos do total.

Os candidatos a agente de Defesa Civil (nível fundamental) realizarão provas das disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Atualidades e Conhecimentos Locais, Noções de Informática e Legislação Específica.

Os classificados dentro do quantitativo especificado de vagas (500 para agente, 230 para auxiliar e 170 para técnico) serão chamados para a parte prática. Em caso de igualdade, serão adotados, sucessivamente, os seguintes critérios de desempate: maior nota no conteúdo Legislação Específica, maior nota em Língua Portuguesa e o mais idoso, sucessivamente.

A segunda etapa cobrará os exercícios de impulsão horizontal (mínimo de 1,70m para homens e de 1,20m para mulheres), flexão abdominal (para homens, 25 repetições, e para mulheres, 20, em um minuto) e corrida de 12 minutos (2.100 metros para homens e 1.700 para mulheres).

Subsecretário garante admissões em dezembro

Os aprovados no concurso para a Defesa Civil do Rio de Janeiro começarão a ser chamados em dezembro, segundo informou o subsecretário responsável pela pasta, coronel Sérgio Simões. Segundo ele, o objetivo da seleção é recompor o efetivo, pois o último e único concurso foi em 1991.

"A conclusão de todo o processo seletivo será em 21 de dezembro e estaremos com os aprovados aqui, já no dia 22, entendendo que nós estamos em um período crítico de alerta na cidade, que é o período que vai de dezembro até abril do ano seguinte", disse o secretário.

Há ainda a possibilidade de mais aprovados serem convocados durante o período de validade. Outra boa notícia adiantada pelo coronel é que as provas devem ser mais claras e objetivas, e os testes físicos não muito exigentes. Esse concurso oferece cargos dos níveis fundamental, médio e superior.

( Abaixo uma entrevista com o Coronel Sérgio Simões Subsecretário de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro ao qual o Muringa teve acesso )

Como esse profissionais vão atuar na prevenção das chuvas?

Na Defesa Civil em três fases fundamentais: a prevenção, a preparação e a resposta as emergências. Então trabalhamos, efetivamente, com a prevenção e a preparação. O grande trabalho que está sendo feito é sistematizar um plano de emergência para a cidade. Esses profissionais que vão chegar, começarão a interagir com o seu conhecimento, vivências e a capacitação que vão receber. A conclusão de todo o processo seletivo será em 21 de dezembro e estaremos com os aprovados aqui, já no dia 22, entendendo que nós estamos em um período crítico de alerta na cidade, que é o período que vai de dezembro até abril do ano seguinte. Estamos preparando um método de capacitação para conciliar todos os conceitos teóricos, o conhecimento desse planejamento, mas também entendendo que eles irão atuar em situações reais. Estamos vendo isso como uma possibilidade da capacitação muito boa pro início da carreira desses profissionais.

Qual o objetivo do atual concurso?

A defesa civil da cidade, que faz parte do Sistema Nacional de defesa civil, foi criada no ano de 1978. No ano de 1991 foi estabelecido o seu quadro permanente de técnicos e foi feito, o primeiro e único concurso. O prefeito Eduardo Paes, sensível as demandas da cidade, sensível a necessidade de uma melhor estrutura de planejamento de emergência, autorizou a realização desse concurso, que vem
complementar os efetivos. Voltaremos a nossa tradição de pioneirismo, a ocupar a posição da mais completa organização de Defesa Civil em nível municipal de todo o país.

Quantas pessoas atuam na Defesa Civil?

Temos um efetivo de 180 profissionais. Dentro desse número nós temos um quadro de 50 engenheiros, que são os que atuam em toda a cidade na rotina diária.

O senhor acha que esse quadro é suficiente para atender às demanda?

Não é suficiente. O prefeito foi muito sensível, porque nas fortes chuvas que ocorreram este ano ele assumiu o controle de todas as operações e presenciou todas as dificuldades que o sistema apresentou. Então, sensível a esse problema, ele autorizou a realização do concurso e aí sim, com a chegada desse novo efetivo
poderemos atingir um nível satisfatório. Nós vamos estar na ordem de 240 profissionais e eu acho que é um bom nível para trabalhar.

Ao todo, são 58 vagas. Todas elas serão preenchidas já em dezembro e o senhor pretende utilizar o cadastro de reserva?

Pretendo porque a gente lida com situações, em sua maioria, relacionadas com emergências e entendemos que eventualmente haverá candidatos que não se adaptam a essa rotina, então a gente quer sim lançar mão desse banco para chamar essas pessoas e não perder tempo com esse processo.

De acordo com o edital, até 900 candidatos poderão ficar no cadastro,
porque vão ter os candidatos convocados para os testes físicos...

Sim, nossa intenção é de usar esse banco. Serão chamados 170 para o nível superior, 230 para o nível médio e 500 para o nível fundamental. Então é com esse banco que a gente vai trabalhar.

Quem não for convocados nas 58 vagas inciais, poderá ser convocado durante o prazo de validade, que é de dois anos?

Digo que os candidatos não percam a esperança porque a gente vai chamar através da utilização desse banco. E de maneira geral, para essas 900 pessoas, é uma oportunidade muito rica, com valores muito especiais, valores que dizem respeito ao espírito humanitário, de trabalho muito interessante.

Em conversa com os candidatos, alguns reclamavam sobre os testes físicos. Qual a necessidade da realização destes testes físicos para esses cargos?

Na verdade, o nível de exigência para os testes físicos é o elementar. Mas é preciso entender que a gente vai ter, durante boa parte do tempo, atividades que exigem o mínimo de condição física. Vamos trabalhar em áreas íngremes da cidade e há também vistorias, e ações. O que se espera é o mínimo de vigor físico para que a situação seja adequada ao cenário onde nós vamos atuar, mas que ninguém se
assuste. A gente não quer receber nenhum atleta ou corredor de maratona. Também no período de capacitação, de formação, teremos atividades físicas para que todos, gradativamente, atinjam o nível adequado.

O senhor disse que os selecionados ingressarão no período mais crítico, que é o do verão. Como será então essa capacitação nas ruas, no dia-a-dia? Haverá algum curso especial?

Na verdade nós vamos inverter um pouco a ordem do processo, entendendo que provavelmente nós vamos ter situações reais em que atuaremos. Então o que seria processo normal, seria trabalhar toda a parte conceitual, toda legislação, todo o sistema, a gente vai ter que trabalhar mais as questões que dizem respeito a respostas, das emergências, invertendo todo o cronograma das ações, sabendo que nós vamos ter alguma ação real e essas pessoas têm que estar habilitadas para desenvolverem suas funções.

Os três cargos possuem atribuições bem semelhantes. Então, qual a diferença entre eles na prática?

As ações serão muito próximas umas das outras. O nível fundamental é o pessoal que chamamos de operacional. É aquele pessoal que vai para as ruas para cumprir as ações rotineiras, eles têm demandas fora das emergências, de toda ordem que dizem respeito à esclarecimento à população, interdição, ações operacionais com outros órgãos. O nível médio trabalha mais na área administrativa. E o nível superior na área de planejamento, pois trata-se de um pessoal com capacidade maior de pesquisa, de desenvolvimento de projetos e planejamentos e que abre uma vertente mais importante do sistema.

Então é o cargo de agente que vai para as ruas, enquanto que os demais realizam um trabalho mais burocrático?

Na verdade, todos vamos para as ruas, porque a rua é a grande escola. Você nunca vai conseguir ser um bom profissional de Defesa Civil se não aliar os conhecimentos.

A organização é da própria Secretaria de Administração. O senhor pode dar alguma orientação no que diz respeito as provas. Isso foi passado para a banca do concurso?

Durante todo tempo nós conversamos e o que nós propusemos é que as provas fossem o mais objetivas possíveis. Tem uma parte da matéria que é muito específica porque é a legislação que regula o Sistema Nacional de Defesa Civil. Então essa é a parte da matéria que tem que ler mesmo, entender e decorar um ou outro conceito que seja importante. Mas fora isso, as questões são objetivas e o que a gente que aferir é menos o conhecimento pontual de determinado tema e mais a visão geral do sistema. Esse é o profissional que será mais completo.

Além dos benefícios que estão especificados no edital, há outras gratificações? Há oportunidade de crescimento na carreira?

A gente pretende agora fazer um trabalho de reorganização da estrutura em função desse aumento de efetivo. Essa é uma questão que ainda está resolvida da melhor maneira. Ainda precisamos de um plano de cargos e estamos buscando os exemplos bem-sucedidos dentro da própria estrutura da Prefeitura para que a gente possa ganhar tempo e trabalhar esse planejamento.

Serviço
Inscrições: http://concursos.rio.rj.gov.br